segunda-feira, 6 de maio de 2013

Resenha: O Voo de Icarus - Estevan Lutz

 

Sinopse: Num futuro próximo, na cidade marítima de Agartha, a vida do jovem Icarus oscila entre dois vícios: a realidade virtual e uma droga alucinógena denominada nirvana. Em busca de tratamento médico, ele acaba se tornando voluntário para a experimentação de um avançado medicamento baseado na nanotecnologia, o Sinaptek, o qual, posteriormente, lhe causa uma extraordinária reação adversa: a projeção de sua consciência, o que lhe permite viajar por diversos lugares do planeta e para outros mundos, empreendendo uma jornada do centro do universo ao centro da inconsciência humana. Estaria tudo, apenas, na mente de Icarus?

''Estamos onde nossa mente está!'' Pág. 152

Tenho medo do dia em que a tecnologia nos controlará. Foi isso o que eu pensei ao ler esse livro. ''O Voo de Icarus'' se passa no futuro (mais precisamente no ano de 2070) quando a tecnologia que nós temos hoje é rala em comparação. Icarus é um jovem que foi contratada para trabalhar em Agharta, fazendo o que ele mais gosta: mexendo com jogos e tecnologia. 

Icarus fica preso em seu mundinho virtual, mal sai de casa (apenas para o trabalho) as amizades estão sendo deixadas de lado e a tecnologia o domina. É quando ele percebe que sua vida está sendo muito artificial e que uma depressão por meio dos fatores externos está se instalando em seu corpo, é que ele procura ajuda. 

''Contudo, eu já tinha minha programação de entretenimento: o admirável mundo virtual, mais fácil de administrar do que nosso mundo do dia a dia.'' Pág. 16

A única coisa que o faz sair da realidade virtual é uma droga chamada Nirvana que funciona como uma espécie de reiniciador para o cérebro mas nem isso é suficiente. 
Quando Icarus resolve procurar ajuda, um novo medicamento formado pela nanotecnologia lhe é apresentado e depois que Icarus resolve aceitar a medicação em seu corpo, sua vida muda radicalmente. 

''O indivíduo voltou-se para mim e então me vi diante de um espelho. Ele era literalmente eu, com exceção dos olhos que tinham uma coloração escura que refletia todos os medos que poderiam afligir um ser humano'' Pág. 35

Estevan escreve muito bem, ele tem uma escrita muito poética e nos vemos inseridos no mundo tecnológico que ele cria para Icarus. Numa ficção científica que beira a mais pura realidade futurística. O livro tem um quê de distopia, e as situações e sensações são tão bem descritas que sentimos em nós mesmos. Recomendo demais!!! 4 estrelas.

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